Objetivos da oficina:
A oficina tem
por objetivo estimular a criatividade e espontaneidade dos alunos. Ao
realizarem os jogos de improvisação eles têm que pensar rápido em uma solução
ou em uma resposta, assim sem perceberem eles acabam sendo espontâneos e
criativos.
Outro fator importante é a questão da
comunicação. Alunos que fazem teatro tendem a ser mais comunicativos e a se
expressarem melhor.
Formar
espectadores de teatro. Espera-se que ao final da oficina, os alunos
participantes passem a ir mais vezes ao teatro e que sejam espectadores mais
críticos. Com os aprendizados que tiveram durante o ano já são capazes de saber o que é bom e o que é
ruim. Já conseguem assistir a uma peça de teatro e dizer, não apenas se gostou
ou não, porem do que gostou e do que não gostou. O que poderia ser melhorado ou
então como foi a interpretação dos atores,...
Conteúdos trabalhados:
- Improvisação
- Interpretação
- Adaptação de texto
- Encenação
- Presença de palco
- Expressão corporal
- Trabalho em grupo
- Critica teatral
Avaliação final:
No início do ano letivo de 2011, comecei a ministrar oficinas teatrais na escola Joaquim Duval. Já havia tido um contato com o grupo de teatro da escola no fim do ano de 2010, quando comecei a participar do processo de montagem da minha colega de faculdade Dagma (professora da escola), como assistente de direção. Porém, neste ano tive a minha primeira experiência de dar aula sozinha.
Nas primeiras
oficinas dava somente jogos teatrais e improvisações, mas o meu objetivo era
fazer com que os alunos compreendessem mais o universo teatral, que aprendessem
como se faz uma peça, que soubessem algumas técnicas teatrais, que aprendessem
o que é ser um ator, um diretor, um cenário, um figurino. Aos poucos, além dos
jogos teatrais, comecei a introduzir algum texto como base para as
improvisações. Pedi a eles que começassem a pensar em um cenário e um figurino. Fui dando dicas de presença de palco, de
projeção de voz,... E naturalmente eles foram aprendendo, tanto que começaram a
ensinar para os novos alunos que chegavam no grupo.
Com o tempo eles
começaram a trazer sugestões de jogos, de peças para montagem. Foram também
fazendo adaptações de texto e escrevendo algumas cenas de autoria deles. Uma
das meninas me pediu um dia para propor o aquecimento, eu deixei, claro.
Quase sempre
quando eu chegava na escola eles já estavam no auditório (local onde acontece
as oficinas) jogando o “transformer” que é o jogo preferido deles ou discutindo
alguma cena, passando o texto.
Porém, agora que
já estávamos chegando ao fim do ano e queríamos mostrar algum trabalho, os
alunos entraram em discordância. Acho que por estarem tão envolvidos com o trabalho,
todos pesquisavam textos e figurinos para a peça e quando chegava a hora de
ensaiar, claro, cada um tinha um idéia diferente e ninguém queria ceder. Então,
não saíamos do mesmo ponto e eles decidiram que não queriam montar mais aquela
peça, mas já não tínhamos mais tempo de pesquisar outra coisa para montar até o
fim do ano.
Então, a Dagma
sugeriu que todos participassem da montagem de Medéia, como auxiliares de
direção e no que mais fosse preciso como iluminação, sonorização, maquiagem,
enfim todo o trabalho de bastidores. Eles aceitaram ficar fora do palco, até
porque sabiam que tinham feito coisa errada. Em um trabalho de grupo não se
pode pensar no individual. Se a idéia do colega é melhor que a minha tenho que
aceitar, pois é melhor para a peça e para o grupo.
Apesar de todas as
dificuldades que surgiram na escola durante o ano, da escola não dar o apoio
necessário, de enfrentarmos problemas de sala suja e desorganizada, foi muito
produtivo tanto para mim, quando para os alunos participar das oficinas.

Ândrea Guerreiro Fonseca.
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