O Projeto de Extensão Teatro nas Escolas está vinculado ao Curso de Teatro - Licenciatura da Universidade Federal de Pelotas e tem por objetivos: estimular o desenvolvimento da criatividade e ampliação do imaginário na criança e adolescente através do contato direto com jogos e exercícios teatrais e promover a prática no ensino de teatro aos acadêmicos envolvidos.

Coordenação
: Prof.ª Fabiane Tejada da Silveira; Profª Vanessa Caldeira Leite.


Bolsistas: Acadêmicos Dionata Lopes;
Andrea Guerreiro; Ingrid Duarte

O Projeto

O projeto de extensão universitária Teatro nas Escolas foi idealizado e
implementado no ano de 1999 com o objetivo de estimular o desenvolvimento da arte teatral no contexto escolar, seja do ponto de vista do trabalho de formação de professores para atuar com esta linguagem na escola, ou na perspectiva de proporcionar experiências de oficinas teatrais com alunos do ensino fundamental. Algumas escolas da rede pública municipal e estadual de Pelotas, procuraram o Instituto de Artes e Design da UFPel interessadas em incluir nos seus currículos, práticas com o teatro no ambiente escolar. O projeto vem sendo renovado a cada ano e ajustado conforme o interesse específico das comunidades envolvidas em relação direta com os interesses de atuação dos(as) acadêmicos(as) participantes. Temos como o objetivo geral, estimular o desenvolvimento da criatividade e ampliação do imaginário na criança e adolescente através do contato direto com jogos e exercícios teatrais. Procuramos ainda promover a prática- reflexiva no ensino de teatro aos(as) acadêmicos(as)envolvidos(as). Os objetivos do projeto estão em sintonia com os objetivos mais amplos da extensão universitária, sendo que pretende promover o espaço necessário para a prática profissional, que neste caso será com o exercício da linguagem teatral na escola. Quando propomos atividades com os jogos dramáticos na escola (uma das metodologias adotadas para o desenvolvimento do projeto) temos alcançado os seguintes objetivos: verificar a transição do jogo egocêntrico para o jogo cooperativo (PIAGET); utilizar o gesto, o corpo e a mímica como forma de comunicação e expressão (RYNGAERT); trabalhar em dupla ou em grupos de forma colaborativa (VIGOTSKY). Colocar-se no lugar do “outro” para compreender a relação de opressão sofrida por este e buscar processos de emancipação humana(FREIRE e BOAL). A avaliação apresenta-se de forma contínua, progressiva, acompanhada através de relatórios de atuação o processo de trabalho, em todas às escolas atingidas. Ao longo destes 10 anos foram realizadas mais de 50 oficinas com professores(as) e estudantes das escolas do município de Pelotas e região. Concluímos no percurso desta caminhada que o teatro praticado na escola como arte produzida coletivamente, a partir do desenvolvimento da expressividade gestual e da reflexão crítica sobre as manifestações do homem no mundo, pode ser uma linguagem fundamental para reinventarmos a escola. Os acadêmicos em formação e futuros professores consideram ao final de suas atuações nas escolas, que com práticas-pedagógicas que resgatem o humano dos homens, é possível a construção de uma escola crítica, capaz de responder ao desafio de contribuir para a formação de uma sociedade melhor para se viver.

Fabiane Tejada da Silveira
Coordenadora do Projeto